Querosene de aviação subiu 76,2% em 2021, diz ABEAR

 

A Associação Brasileira de Empresas Aéreas informou que o preço do querosene de aviação aumentou 76,2% em 2021. Segundo a associação, o QAV foi o combustível de consumo em massa com maior valorização no ano passado. A alta divulgada supera a valorização do diesel (+56%), gasolina (+42%) e gás de cozinha (+36%), no mesmo ano.

“A disparada do preço do QAV mostra como os custos estruturais do setor aéreo nos preocupam e podem inibir uma retomada mais consistente da aviação comercial. Ainda temos a pressão dos constantes recordes de cotação do dólar em relação ao real, já que mais de 50% dos nossos custos são indexados pela moeda norte-americana”, afirma o presidente da Abear,

Eduardo Sanovicz, em comunicado da associação. O QAV corresponde a 1/3 dos custos operacionais das companhias aéreas. Um dos principais fatores que influenciam na precificação do combustível é a alta do dólar frente o real e a cotação do petróleo no mercado internacional.

Outro fator que impacta no preço do QAV é o monopólio da Petrobras no fornecimento do querosene de aviação no país. No dia 1º de outubro de 2021, a estatal divulgou um levantamento dos preços do QAV às distribuidoras no Brasil e revelou que o combustível ficou, em média, 68% mais caro em relação a 2020 e 38% mais caro na comparação com o mesmo período de 2019.

Enquanto, por exemplo, os Estados Unidos têm cerca de 200 refinarias de querosene de aviação, o Brasil possui apenas 9, das quais 7 ainda pertencem à Petrobras. São elas:

·         Potiguar Clara Camarão (RPCC) - Rio Grande do Norte;

·         Duque de Caxias (Reduc) Rio de Janeiro;

·         Alberto Pasqualine (Refap) Rio Grande do Sul;

·         Gabriel Passos (Regap) Minas Gerais;

·         Presidente Getúlio Vargas (Repar) Paraná;

·         Paulínia (Replan) – São Paulo;

Henrique Lage (Revap) – São Paulo.

Fonte: Poder360

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