As consequências da saída do Reino Unido da União Européia, o Brexit, que deve se concretizar em março de 2019, ainda não estão claras no mercado, e provavelmente só serão reveladas completamente após a separação de fato acontecer. Previsões, porém, já são feitas, e um dos setores que deve sofrer com a saída é a aviação.
Em uma audiência parlamentar britânica acontecida nesta semana, o CEO da Associação de Comércio Aeroespacial e de Defesa do Reino Unido (ADS), Paul Everitt, explicou que um dos efeitos colaterais do Brexit é a dificuldade que empresas aéreas da região terão para realizar voos para outros países. Segundo ele, qualquer empresa aérea depende de uma supervisão regulamentar "reconhecida globalmente" para poder atender os mercados internacionais, algo que a aviação do Reino Unido deve perder com a saída da UE.
Até o momento, o setor aéreo britânico permanece sob a jurisdição da Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA), mas a saída da União Europeia pode resultar na também exclusão da agência de segurança. Caso isso aconteça, em março de 2019 algum tipo de "arranjo alternativo" deve entrar em vigor para permitir que as companhias do Reino Unido continuem a voar em destinos internacionais.
"Se não possuirmos um regime regulatório reconhecido globalmente, não podemos vender nossos produtos", afirmou Paul Everitt. "No momento, nossa ideia é convidar a EASA ou a Administração Federal de Aviação dos EUA a certificar nossas instalações e nossos produtos - e nós lhes pagaríamos para fazê-lo, para que o mercado britânico e suas aéreas seja autorizadas a continuar voando nas regiões internacionais."
*Fonte: Flight Global
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