Custo do bilhete aéreo sobe no País


Na semana passada, a TAM anunciou o setor precisaria reajustar as passagens em 10% para fazer frente aos aumentos de custo e recompor as perdas. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press
Na semana passada, a TAM anunciou o setor precisaria reajustar as passagens em 10% para fazer frente aos aumentos de custo e recompor as perdas. Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

























Com a oferta e a demanda de voos domésticos se movendo para lados opostos em setembro, os preços das passagens aéreas podem aumentar. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a procura aumentou 7,65% e a número de passagens disponíveis caiu 2,13% no mês passado. O descasamento entre os números deve pressionar as companhias aéreas a repassar perdas, afirmam especialistas.


"Eu acho que vamos ter um aumento de preços. O preço vem caindo consistentemente nos últimos anos, mas atingimos um limite", avalia o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Jorge Leal, que aponta a elevação do preço do combustível de aviação e a desvalorização do real como principais causas do prejuízo das companhias. "Vai ter que passar para o consumidor, mas acho que vai ser pontual. As companhias sabem que tem uma competição."

Na semana passada, a TAM anunciou o setor precisaria reajustar as passagens em 10% para fazer frente aos aumentos de custo e recompor as perdas. Mesmo assim, analistas do setor aéreo avaliam que as companhias não conseguem repassar esses custos, por causa da grande competitividade entre as empresas e pela alta sensibilidade aos preços dos novos passageiros, que não conseguiriam incorporar aumentos aos seus orçamentos e deixariam de viajar.

Sem conseguir repassar o custo maior, as empresas começam por reduzirem a oferta para ter maior aproveitamento da aeronave, como apontam os dados da Anac, e tentar sair do vermelho. A evolução maior da demanda do que da oferta fica evidente nas taxas acumuladas no ano. De janeiro a setembro, a demanda acumulada cresceu 7,30%, ao passo que a oferta aumentou 5,52%, em relação ao mesmo período de 2011.

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