Aviação: Avianca tem maior índice de solução de conflitos em aeroportos

Entre as companhias aéreas que operam nos principais aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Avianca foi a que teve o maior percentual de solução de conflitos realizados por meio de acordo.

De acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), dos 704 atendimentos sobre conflitos na Avianca, 126 chegaram a acordo, ou seja, um percentual de 17,89%. O estudo leva em consideração quatro empresas aéreas que operam tanto em São Paulo, nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, quanto no Rio de Janeiro, nos aeroportos Santos Dumont e Galeão.

GOL, TAM e Webjet

Entre as empresas, depois da Avianca, o segundo melhor índice foi o da GOL, de 15,83%. Dos 3.580 atendimentos, 567 chegaram a um acordo. Na sequência, vêm a TAM, com índice de 11,20%, e a Webjet, com índice de 8,35%.

Na TAM, foram solucionadas 400 reclamações, de um total de 3.570 atendimentos. Já na Webjet, dos 3.088 atendimentos, 258 chegaram a um acordo. O levantamento considera o total de reclamações e atendimentos registrados ao longo de 2011 nos juizados especiais instalados nos aeroportos mencionados.

Segundo a CNJ, as informações foram obtidas por meio do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).

Outras empresas

O levantamento também observou os números das demais empresas aéreas que não operam em todos os quatro aeroportos. A Azul, por exemplo, que só trabalha nos aeroportos do Rio de Janeiro, teve um índice de 28%. Ou seja, dos 620 atendimentos registrados, 174 chegaram a um acordo.

O índice da Pantanal foi de 13,46%, já que, dos 52 atendimentos, 7 foram resolvidos. A Passaredo teve um índice de 15,26% e a Trip, de 15,53%. Esta última não opera apenas em Congonhas e teve 412 atendimentos, sendo a maioria no aeroporto Santos Dumont (331). Do total, 64 foram resolvidos.

De acordo com o CNJ, os postos avançados dos juizados especiais em aeroportos foram instalados em julho de 2010, por meio do Provimento número 11 da Corregedoria Nacional de Justiça. A criação desses juizados tem como objetivo prevenir problemas e buscar a conciliação nos conflitos entre empresas aéreas, consumidores e prestadores de serviços.

Viviam Klanfer Nunes/ Infomoney