Uma equipe técnica da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está em Londrina para avaliar critérios para ampliação do Aeroporto José Richa e outras adequações previstas até 2015.
O superintendente da Infraero em Londrina, Marcus Vinícius Pio, disse que o grupo está trabalhando em três frentes: definição das adequações para ampliação do saguão, para a instalação do radar em 2013 e definição de prazos de obras para executar o projeto de ampliação da pista, instalação do ILS e outras obras fixadas no convênio com a Prefeitura Municipal de Londrina.
O aumento do saguão é necessário para aumentar a capacidade operacional do aeroporto. Segundo Pio, o local tem capacidade de atender atualmente de 900 mil a 1 milhão de pessoas por ano, mas a intenção é dobrar esse número com a expansão interna do saguão.
Já o radar é importante para garantir a segurança dos voos pelo aumento da demanda de aeronaves no espaço aéreo londrinense. A central da Infraero em Londrina controla 23 aeroportos atualmente, o radar daria o ponto exato em que um avião está, sem depender de informações do piloto, sujeitas a erros.
Uma das partes mais importantes é a definição de prazos, pois a data-limite para execução de um pacote de obras firmadas entre a Infraero e a prefeuura é 2015. No pacote está prevista a instação do ILS de Londrina, aparelho importante para aumentar a capacidade de operação do aeroporto, mesmo em dias de condições meteológicas instáveis, em que Londrina geralmente tem de cancelar pousos e decolagens.
Pio disse que ainda não é possível adiantar muitas coisas, pois estão trabalhando detalhes ténicos, ainda sujeito a alterações, mas garantiu que a vinda da equipe ao aeroporto economizou cerca de seis meses de trabalho. "Ele estão vendo tudo in loco. As pessoas que precisariam avaliar estão aqui, a tramitação de documentos está sendo feito aqui, dando muito mais celeridade ao processo", explicou.
Ainda
Infraero quer diminuir distância entre aeronaves
A Infraero e as companhias aéreas estão preparando um plano para poder aumentar em até 20% a capacidade de pousos e decolagens nos aeroportos do país. Parte do plano, que conta apenas com procedimentos operacionais, consiste em diminuir a distância entre um avião que está pousando e outro em aproximação de pouso.
O aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, será o primeiro a passar pelos testes. O local será a principal porta de entrada para a Copa do Mundo de 2014.
Hoje, Cumbica registra uma média de 30 pousos e decolagens por hora. A distância entre os aviões varia de 5 a 8 milhas náuticas, que representam entre 4,6 mil e 9,1 mil metros. O Snea (Sindicato Internacional das Empresas Aeroviárias) esteve em Londres para conhecer o aeroporto de Heathrow, principal acesso para as Olimpíadas de Londres, em 2012.
Lá, a distância entre os aviões varia entre de 2,5 e 5 milhas náuticas, a mesma que a Infraero quer adotar.
Uma das maneiras de diminuir o tempo de uma aeronave na pista é usar as chamadas saídas rápidas. A pista principal de Cumbica tem apenas uma saída. A auxiliar, duas. No mês passado, começaram obras para construir mais três saídas nas pistas, uma na principal e duas na auxiliar, com previsão de término em dezembro de 2012.
O plano deve ser apresentado às empresas até setembro e testado até o final deste ano.
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