EMBRAER Empresta Jato Executivo para Dilma

 

Disponível há menos de um mês na frota da Presidência da República, um Lineage 1000, o maior jato executivo da Embraer, poderá ficar à disposição da presidente Dilma Rousseff por tempo indeterminado.

De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), o plano é que o jato de luxo substitua duas aeronaves Embraer 190 que passarão por manutenção até dezembro.

Segundo um executivo da Embraer, entretanto, a empresa não tem pressa em ver a presidente voando no AeroLula, um Airbus-319. A Embraer considera um "marketing espetacular" ter o governo, e em especial a presidente, dando preferência a aeronaves nacionais.

O custo da aeronave é estimado em pelo menos R$ 50 milhões. A Presidência não irá arcar com os custos porque se trata de um empréstimo da empresa.

LUXUOSO


O Lineage é o modelo topo de linha executivo da Embraer. Tem autonomia semelhante à do Aerolula, podendo voar até Nova York ou a Península Ibérica.


Desde o fim do ano passado o governo planeja, contudo, a troca do Airbus presidencial por um avião com capacidade de voo maior. O então presidente Lula fez defesa enfática da troca, dizendo que o país passava por "humilhação" pela necessidade de escalas do avião.


Foram estudadas duas opções. A FAB pediu que empresas oferecendo aviões de reabastecimento de combustível incluíssem na proposta a instalação de uma área VIP --a Airbus foi a única a se apresentar, com o modelo 330. Outra ideia foi a compra de uma Airbus-340 executivo.


O problema é que ambas as ideias esbarraram, no começo do governo Dilma, no ambiente de austeridade fiscal. Estão na gaveta, por ora.

EMPRÉSTIMO


O Lineage emprestado à Presidência, com 19 lugares, recebeu uma configuração interna especial para Dilma, com área privativa que inclui quarto, ducha e sala de jantar. O Grupo de Transporte Especial, que fica responsável pelas aeronaves, nem a Embraer, quiseram detalhar as adaptações feitas para a presidente.


O avião deve começar a ser utilizado nas próximas semanas em viagens nacionais e internacionais --depois que pilotos e a tripulação passarem por um treinamento específico.

COMISSÁRIAS

BETO BARATA/AE
Da esq. para a dir., Jamille, Gabriela, Izabelle, Tatiane, Elizângela, Adriana, Maria José, Angélica

Após três meses de treinamento, nove belas sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) assumem o papel de comissárias de bordo da presidente Dilma Rousseff. É o primeiro grupo feminino a atuar ao lado de um chefe de Estado. A estreia de uma mulher no comando do País impulsionou transformações também no atendimento das viagens presidenciais.

"Os comissários homens que serviam o ex-presidente apontavam para um certo desconforto da primeira-dama por não ser atendida por mulher", conta o coronel Henry Munhoz, porta-voz da Aeronáutica. "Com a posse de Dilma, a FAB aproveitou para mudar esse quadro, pois a viagem de uma presidenta seria rotina."

As 37 candidatas foram avaliadas em vários quesitos (da postura à ficha de graduação, pois todas têm formação militar e técnica). Após entrevistas, nove foram selecionadas. Apesar de bonitas, todas garantem que a aparência não foi determinante para o recrutamento. "Pensei que ficaria de fora por ter só 1,55 metro de altura", diz Jaqueline, de 29 anos. "Me senti honrada em ser escolhida."

Todas estão deslumbradas com essa oportunidade. "É um momento histórico do qual fazemos parte", diz Izabelle, de 24 anos (foto de capa). Já Elizângela, de 26, não esconde a emoção: "Na primeira viagem, fiquei tensa por se tratar da presidenta."

O treinamento da equipe incluiu cursos para conhecimento das especificidades das aeronaves, segurança, serviço de bordo, etiqueta e até meteorologia. A pedido da FAB e por motivos de segurança, seus sobrenomes foram omitidos.

Com pesquisas e sugestões, também as próprias comissárias ajudaram a criar o uniforme de bordo - composto, entre outras peças, por escarpin com aplique de lacinho e vestido preto "sequinho", com gola oriental e botões transversais. Um luxo.


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