
A indústria da aviação está em profunda recessão neste mês e assim será em todo segundo trimestre, no mundo inteiro. Com o apelo que a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) faz aos governos e bancos de cada país, a recuperação aparecerá no setor e virá forte, mas esses resultados não deverão aparecer antes de 2021. Essas são algumas das conclusões da nova análise publicada pela própria Iata.

A entidade aponta que suas associadas gastarão um acumulado de US$ 61 bilhões de suas reservas de caixa no trimestre que se inicia amanhã e vai até 30 de junho. O cálculo aponta para um prejuízo trimestral líquido de US$ 39 bilhões.
A análise é baseada no impacto lançado pela Iata na semana passada, em um cenário de viagens restritas severamente durante três meses, com queda de US$ 252 bilhões em receita das companhias aéreas em comparação com 2019. Desta maneira, o segundo trimestre é o período com previsões mais sombrias.

A análise do diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, aponta que as companhias aéreas não conseguem cortar seus custos em tempo hábil e se manterem à frente da crise. "Estamos prevendo devastadores US$ 39 bilhões de prejuízo líquido no segundo trimestre". O impacto disso na queima de caixa será ampliado por um passivo de US$ 35 bilhões para possível reembolso de bilhetes. Sem esse alívio, a posição de caixa no setor pode se deteriorar em US$ 61 bilhões no segundo trimestre", estima Juniac.
Para a Iata, vários governos estão respondendo positivamente às necessidades da indústria. Colômbia, Estados Unidos, Singapura, China, Nova Zelândia e Noruega estão entre os exemplos positivos de pacotes financeiros ou regulatórios para aliviar os danos à aviação. "Mais recentemente, Brasil, Canadá, Colômbia e Holanda afrouxaram suas regras para permitir que as companhias ofereçam a passageiros crédito para reemissão em vez de reembolsos."
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