Dez anos se passaram desde o acidente que vitimou 199 pessoas na queda do avião da Tam, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Apenas recentemente, porém, que parte das famílias das vítimas conseguiu fechar um acordo indenizatório, em um valor superior a R$ 30 milhões com a Airbus. A notícia foi divulgada ontem pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e confirmada pelo representante das famílias e também pela fabricante de aviões.
Segundo o tribunal, o acordo de indenização contemplará 86 parentes de vítimas no acidente, ocorrido em 2007. “O processo tem mais de 15 volumes e os beneficiários foram divididos em grupos. Os valores a receber por beneficiário são variáveis, levando em conta fatores como a proximidade de parentesco com a vítima”, informou a nota do tribunal.
Procurada, a Airbus confirmou o acordo fechado com parte dos familiares das vítimas, sem detalhar o valor acertado. Apesar disso, a montadora ainda nega que o acidente tenha sido causado por uma falha da aeronave.
“A Airbus se solidariza com os familiares das vítimas do acidente com o voo JJ 3054. A companhia confirma que chegou a um acordo com as famílias, mas ressalta que o acidente não foi causado por nenhuma falha relacionada à aeronave. O acordo não implica de nenhuma maneira um reconhecimento de culpa por parte da Airbus. A Airbus não comentará os detalhes do acordo em respeito à privacidade das famílias das vítimas”, diz nota da empresa.
O ACIDENTE
Em 17 de julho de 2007, o avião da Tam, um modelo A320-233, partiu de Porto Alegre com destino a Congonhas. Ao tentar pousar na pista do aeroporto em São Paulo, a aeronave não conseguiu frear. Além de ultrapassar os limites da pista, o avião atravessou a avenida Washington Luís e colidiu com o prédio da Tam.
Todos os 187 passageiros e a tripulação a bordo não resistiram. Outras 12 pessoas que estavam em solo também morreram. O acidente é considerado o maior da história da aviação brasileira.
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